A energia eólica é uma das opções de fonte alternativa ou fonte renovável de energia. Ela surge pela força do vento e tem conquistado cada vez mais espaço no país. No cenário atual, o Brasil é o 6º maior país do mundo em capacidade total instalada desse tipo de energia. Os estados que mais adotam o modelo são os da Região Nordeste, responsáveis por 85,6% do percentual total de energia eólica no território nacional em 2020.
Mas, o que é a energia eólica em sua essência? Como funciona a geração de energia elétrica com essa fonte e quais as vantagens e desvantagens dela? A Módulo Energia te convida a sanar todas essas questões e outras curiosidades neste conteúdo. Confira!
Energia eólica é a energia originada pela força dos ventos, por isso pode ser considerada como uma das formas em que se manifesta a energia do sol. Essa energia trazida pelo vento é usada também para a geração de eletricidade. Trata-se de uma energia limpa e renovável, e por essa razão é cada vez mais fomentada em todo o mundo. Sem contar seu baixo impacto ambiental e baixos teores de emissões de gases de efeito estufa.
A energia dos ventos tem sido usada para a geração de energia cinética desde a Antiguidade, relativa ao movimento. Porém, a origem para a produção de eletricidade foi dada com o surgimento dos moinhos no século XII, no Afeganistão e no Irã.
Os meios que conhecemos atualmente e que são responsáveis pela energia elétrica começaram a aparecer, todavia, apenas no século XIX. Em 1887, tivemos a primeira notícia de produção de energia eólica em pequena escala, com pás feitas de tecido, conduzida pelo engenheiro escocês James Blyth, conceituado então o pioneiro da energia eólica.
Um ano depois, em 1888, o engenheiro estadunidense Charles Bush desenvolveu em sua própria casa uma grande turbina capaz de gerar energia eólica, sendo muitas vezes atribuída a ele a invenção desse modelo energético.
Entenda mais sobre os tipos de energias renováveis!
A energia eólica funciona a partir de um processo de conversão de energia cinética em eletricidade, gerada pelo movimento. Tudo isso é feito por meio das chamadas turbinas eólicas ou aerogeradores, que lembram os moinhos de vento e criam os parques eólicos, paisagem essa bastante familiar.
A turbina é composta por uma torre que a sustenta, pelas pás e pelo rotor. O vento faz com que as pás girem a uma velocidade entre 10 a 25 rotações por minuto (rpm), o que aciona automaticamente o rotor, peça a qual todas as pás estão ligadas.
No interior da nacele, estrutura que fica localizada atrás das pás interligando-as com a torre, o movimento do rotor é multiplicado. Existe ainda um gerador abrigado na nacele, responsável por converter a energia cinética em elétrica.
Assim que produzida, conduz-se a eletricidade através dos dutos, abrigados no interior da torre, para transformadores, que levarão essa energia à rede. Um desses transformadores é acionado à turbina e o outro reserva toda a energia gerada em um determinado parque eólico. Por fim, a rede responsável pela distribuição trabalha para que a energia eólica seja distribuída para seus consumidores finais.
Entre as vantagens da energia eólica estão, além dos efeitos favoráveis para o planeta, o reflexo positivo na vida de parte da população e no desenvolvimento da economia. Confira alguns desses benefícios abaixo:
Podemos afirmar que a produção desse modelo de energia requer vários recursos e cuidados. Durante a construção de parques eólicos, geralmente são realizados estudos acerca da localização, força e velocidade dos ventos em um certo período, além do deslocamento das aves. Dito tudo isso, alguns pontos de atenção são considerados:
No presente, o país já abriga 795 parques eólicos, segundo dados da ABEEólica, Associação Brasileira de Energia Eólica. Estamos falando da segunda maior fonte da matriz de energia do Brasil, perdendo apenas para a energia hidrelétrica. Também de acordo com a ABEEólica, o país terminou 2021 com 21,57 GW de potência eólica desenvolvida, o que resulta em cerca de 11% da produção de energia no território nacional.
O Brasil é naturalmente um espaço de ótimo potencial eólico, previsto em aproximadamente 500 GW, mas que começou a ser verdadeiramente aproveitado há pouco tempo. Nesse viés, os primeiros esforços do governo começaram a surgir apenas em 2001, momento em que foi lançado o Programa Emergencial de Energia Eólica – Proeólica, acarretado por uma crise energética da época. Um ano depois, foi criado o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica – Proinfa, que reiterou o interesse nessa fonte alternativa.
Somente em 2009, com o acontecimento do primeiro leilão exclusivo de energia de fonte eólica, que a tecnologia vinda dos ventos começou a ganhar uma força considerável no Brasil. No cenário atual, praticamente toda a fabricação de energia eólica no país vem dos grandes parques, ou usinas, presentes na Região Nordeste.
O uso de mini aerogeradores para residências ainda é pouco conhecido e discutido, uma vez que a energia eólica no Brasil ainda é primário. A produção de energia nesse modelo tem o mesmo esquema de funcionamento de parques eólicos, só que em menor proporção. Uma curiosidade interessante é que uma única usina pode fornecer energia para mais de uma casa.
Veja o que é necessário para gerar sua própria energia!
É preciso sempre avaliar as condições ambientais antes de tomar a decisão de instalar as turbinas em uma determinada residência, já que a boa circulação dos ventos é essencial para o funcionamento do sistema.
Atualmente, existem geradores de diversos valores, sendo a média de valor de um gerador eólico de R$1000 a R$3500, entre modelos residenciais e industriais.
Agora que você conhece a história, funcionamento e as vantagens e desvantagens da energia eólica, tanto no Brasil quanto em sua residência, confira outros conteúdos no Blog sobre tipos de energia que podem ser inesgotáveis e contribuem para o meio ambiente.