Existem diversas maneiras de contribuir com o meio ambiente e, consequentemente, com o futuro do mundo e de sua família. Uma delas é por meio da utilização de energias alternativas, obtida por fontes renováveis. Elas utilizam recursos que podem ser encontrados em grande quantidade na natureza e ainda possuem capacidade de se regenerarem de forma natural. Por isso, não agridem o meio ambiente de forma irreversível.
As principais fontes de energia sustentável são: hidrelétrica, eólica, biomassa e energia solar, entre outras. Saiba um pouco mais sobre cada uma dessas quatro fontes, quais suas vantagens e desvantagens para a natureza e, consequentemente, para você e sua família.
A energia hidrelétrica é a mais comum em todo o mundo. No Brasil, ela representa mais de 67% da matriz energética, de acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME). Porém, o investimento na fonte hídrica está reduzindo a cada ano, pois em 2016, correspondia a 68,6% e até pouco tempo chegava a 90%.
A redução se dá porque, apesar de ser uma energia renovável e limpa, necessita da construção de usinas hidrelétricas que causam grande impacto ambiental. Ou seja, grandes áreas são alagadas, matas são devastadas, destruindo, assim, todo o seu ecossistema. Os locais escolhidos para essas construções costumam ser próximos de comunidades que vivem da terra e da pesca, como populações ribeirinhas, quilombolas e indígenas.
Além disso, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) indicam ajustes regulares nas tarifas a serem cobradas pelas concessionárias e, em períodos de seca, ocorre um incremento das bandeiras tarifárias.
Fonte renovável que vem ganhando espaço ao longo do tempo, a energia eólica utiliza a força do vento. A captação é feita por meio de aerogeradores, espécies de cataventos gigantes, que possuem hélices ligadas a outro gerador. É a mesma tecnologia empregada nos antigos moinhos, utilizados para trabalhos mecânicos.
Hoje, a energia eólica representa uma fatia de cerca de 7,1% da matriz brasileira, conforme dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Estima-se que até 2020, o Brasil contará com 600 parques eólicos em operação.
O sistema eólico pode ser usado de duas formas:
Uma das maiores vantagens da energia eólica é que ela não emite gases do efeito estufa e, ao contrário, contribui para a sua redução. Além disso, em menos de seis meses, o aerogerador é capaz de recuperar a energia gasta com a sua construção. Por outro lado, assim como a hidrelétrica, demanda uma grande área para sua instalação.
A biomassa é obtida da decomposição de matéria orgânica, como plantas, madeira, resíduos agrícola, cascas de frutas, esterco etc. Por meio de tecnologias específicas, como a combustão, se obtém a energia térmica. Com processos químicos, se obtém o biocombustível.
Com a energia eólica e solar, a biomassa deve ser uma das que mais crescerá no país. Hoje, ela já produz mais de 9% da energia do Brasil, assumindo o segundo lugar na matriz energética. De acordo com o relatório Energy Outlook, da Bloomberg, o setor deve receber uma injeção de 26 bilhões de dólares até 2040.
A queima da biomassa libera CO² na atmosfera, mas o gás é transformado em hidrato de carbono pelas plantas durante a fotossíntese, o que é transformado em oxigênio em um ciclo natural. A emissão não chega a ser poluente. Ela é menos agressiva que a obtida com os combustíveis fósseis e tem baixo custo de produção, porém, é de difícil transporte.
A energia solar, também conhecida como fotovoltaica, vem se destacando como uma ótima oportunidade de investimento para residências, pois seu custo está baixando ano a ano. Ela utiliza a radiação do sol como matéria prima para geração de energia elétrica para residências individuais, edifícios ou empresas, proporcionando uma grande economia na sua conta de luz, sem agredir o meio ambiente.
Além disso, a fonte é abundante. De acordo com estudo da Aneel, estima-se que a energia solar incidente sobre a superfície terrestre represente 10 mil vezes o consumo energético mundial. Talvez por isso, tenha crescido tanto o uso desta fonte. Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, o crescimento foi de 447,78% nos últimos dois anos.
O sistema fotovoltaico consegue diminuir desperdícios e gastos, pois a energia gerada é utilizada no local onde está sendo produzida. O excesso, que não foi utilizado, é enviado para a rede elétrica da concessionária local, que compensa o usuário com créditos na conta de luz. Isso significa que além de contribuir com a preservação do meio ambiente, quem faz uso dela também economiza.
A tecnologia é utilizada há mais de 30 anos, e os equipamentos possuem uma vida útil igualmente longa. Os módulos solares possuem tecnologia de ponta, que necessitam de nenhuma ou de mínima manutenção. Funciona assim: o painel reage com a luz do sol e produz energia elétrica. Um inversor converte-a em eletricidade, que vai direto para os equipamentos elétricos.
Saiba agora uma curiosidade: o Brasil está entre os 10 países que mais investem em energia alternativa no mundo, de acordo com o ranking do Pew Environment Group. Ele é líder no setor de bioenergia e biocombustíveis. É, também, um dos países que assinou o compromisso com a Organização das Nações Unidas para a redução da emissão de gases poluentes na atmosfera, o que justifica os investimentos.
Por fim, esperamos ter esclarecido um pouco mais sobre as fontes de energia renováveis e sustentáveis. Existem outras como a geotérmica e das ondas e das marés. Todas elas têm suas vantagens e desvantagens, como vimos aqui, mas o importante é que saibamos quais são as energias alternativas e que elas estão ao nosso alcance.
Nem todas são acessíveis, como a eólica ou a hidrelétrica, que demandam grandes áreas para a instalação, mas já há muitos lares investindo em seu sistema individual fotovoltaico, por exemplo.
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