Você já deve ter notado que os invernos não estão mais tão rigorosos e as temperaturas estão cada vez mais elevadas ao longo de todo o ano. Essa é uma realidade global. Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), o ano de 2017 bateu recordes de calor, com ondas 6 graus mais altas que a média. A culpa, conforme a agência, é do aquecimento global.
Entre outros aspectos importantes para a sobrevivência do planeta, essas mudanças climáticas afetam a energia. Com a elevação das temperaturas, rios acabam tendo menos vasão, prejudicando a produção hidrelétrica, que ainda é a principal fonte energética brasileira.
As consequências do superaquecimento são inúmeras. O relatório Adaptation: An issue brief for business, do Conselho Mundial de Negócios para o Desenvolvimento Sustentável, indica que há limites para a adaptação. A produtividade das culturas como o arroz, o feijão e a soja podem chegar a 81%, por exemplo.
Parte do aquecimento global foi – e ainda é – causado pela emissão excessiva de CO² na atmosfera. O gás carbônico, como é chamado, resulta da queima de carvão e petróleo, duas fontes fósseis de energia encontradas em abundância na natureza e exploradas pelo mundo todo. O metano, produzido a partir do gás natural também contribui para o problema, embora em menor escala (16% das emissões mundiais).
Os dois são os principais gases do efeito estufa, mas existem outros, como o óxido nitroso, também resultante da queima de combustível fóssil. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, as mudanças do clima nos últimos 50 anos são atribuídas às atividades humanas, ao contrário do que ocorria no passado, quando os responsáveis eram os fenômenos naturais.
Substituir a energia fóssil e hidrelétrica por alternativas limpas é a principal medida de diversos países. Racionar o consumo é outra ação que pode ajudar a minimizar os impactos e reverter o quadro. Essas medidas podem começar em casa, com a redução do uso da luz e dos aparelhos elétricos. Porém, é possível ir além.
O sol, o vento e a biomassa são boas fontes de energias renováveis. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o número de consumidores que optam pela instalação de placas de captação da luz solar vem crescendo. O Brasil conta com mais de 17 mil unidades instaladas e isso se deve, segundo a Absolar, à redução do preço dos sistemas fotovoltaicos e, em contrapartida, ao aumento da conta de energia, reflexo da escassez de água, além, é claro, da conscientização ambiental da população.
Enfim, esperamos que você tenha entendido como as mudanças climáticas afetam a energia e como as fontes solar, eólica e a biomassa são boas formas de atacar o problema. Além de não causarem danos ao meio-ambiente, elas representam economia na conta de luz.
Mas, enquanto elas não se expandem no país, há outras iniciativas que podemos ter para economizar e causar menos impactos na natureza. Quer saber mais? Leia nosso artigo sobre como a eficiência energética pode ajudar a prevenir danos ambientais.