A cada ano que passa, sabemos que os recursos naturais vão ficando mais limitados e escassos. Dessa forma, a tendência é que a produção de energia renovável popularize-se cada vez mais em todo o mundo e, principalmente no Brasil, onde o apoio e o estímulo ainda são baixos quando o assunto é a geração da própria energia limpa.
Mas essa realidade já está mudando, principalmente no que diz respeito à energia fotovoltaica. Até janeiro de 2017, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) registrou 7.610 conexões de geração distribuída — energia gerada pelos próprios consumidores —, alcançando um total de 73.569 kW de potência instalada.
Ainda de acordo com a Aneel, o Brasil dobrou o número de instalações de painéis de energia solar em seis meses. Até abril de 2017, o país registrou a instalação e conexão de mais de 10 mil painéis solares de microgeração de energia. Outra estimativa da Aneel revela ainda que, até 2024, a microgeração distribuída de energia fotovoltaica deve atingir uma marca de 1,2 milhões de instalações.
E você sabia que existem dois tipos de sistema de energia solar fotovoltaico? Um funciona conectado à rede, enquanto o outro atua de forma isolada. Portanto, se você quer gerar sua própria energia, mas ainda não sabe a diferença entre os sistema on-grid e off-grid, continue a leitura do nosso post!
Bem, você já deve saber que o gerador fotovoltaico é baseado na conversão da energia do sol em energia elétrica, mas isso pode acontecer de duas formas. Primeiramente, vamos explicar como funciona o on-grid.
O sistema de energia solar on-grid é aquele que funciona conectado à rede elétrica. Nesse sistema, são usados os inversores de corrente, que injetam a energia gerada a partir da instalação elétrica da residência, comércio ou indústria sem a necessidade do uso de um banco de baterias.
Os inversores — grid-tie — são interativos à rede, ou seja, atuam em paralelo à rede pública de geração de energia elétrica, transformando a energia do sol em créditos de energia elétrica e se comportando como uma usina de energia elétrica comum.
Sendo assim, vale destacar que esse sistema não pode ser adotado em localidades que não possuem acesso à rede. E, quando acontece uma queda de energia elétrica, o inversor interrompe a injeção de energia elétrica na rede, se desconectando automaticamente e voltando a funcionar apenas com o retorno da energia elétrica.
O sistema on-grid também deve funcionar de acordo com as seguintes resoluções da Aneel: Resolução Normativa nº 482/2012 e Resolução Normativa nº 687/2015. A vida útil dos painéis de energia desse sistema costuma ser de 25 anos, e os fabricantes aconselham a troca dos inversores a partir de 10 ou 15 anos de uso.
O sistema de energia solar fotovoltaico isolado não é conectado à rede de distribuição de energia e, por isso, precisa de baterias para transformar a energia do sol em energia elétrica e garantir a autonomia do sistema.
Nesse sistema off-grid, a energia gerada pelas placas de captação de luz solar em corrente contínua abastece o banco de baterias em corrente alternada, o que propicia a disponibilidade de energia não apenas em dias ensolarados, mas também em dias nublados e chuvosos — de pouca radiação solar — e até mesmo durante a noite.
O sistema off-grid conta ainda com os controladores de carga, que são responsáveis pela verificação e controle do excesso ou falta de carga nas baterias. Além disso, há também os inversores que transformam a corrente contínua das baterias em corrente alternada para o consumo em aparelhos eletrônicos.
O custo de instalação do sistema off-grid é mais alto que o do on-grid — 2 ou até 3 vezes mais caro —, lembrando que as baterias têm uma vida útil curta — cerca de 4 anos —, o que obriga a sua troca juntamente com a do controlador. A média de preços para um sistema de 5 kWp on-grid é de R$ 25.000, enquanto que para um off-grid é de R$ 80.000.
O sistema on-grid é ideal se você mora na cidade e quer gerar sua própria energia a um custo bem inferior ao da distribuidora local. Além disso, você terá um retorno sobre o investimento em um prazo significativo.
Esse sistema é regulamentado pela Aneel, portanto, é preciso estar atento aos requisitos envolvidos e ao funcionamento do sistema de compensação de energia, também conhecido com net metering.
O net metering é a transformação da sobra da produção de energia em créditos de quilowatts-hora que serão abatidos do consumo total. Essa compensação é uma maneira de estimular o investimento em novos métodos de geração de energia renovável.
Quanto ao sistema on-grid, cabe destacar, ainda, que alguns estados no Brasil isentam as unidades microgeradoras de energia da incidência do Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) sobre a aquisição dos geradores, o que configura outra vantagem desse tipo de sistema conectado à rede.
Já o sistema off-grid é uma ótima alternativa para lugares mais distantes dos centros urbanos e até mesmo isolados — como as áreas rurais, praias e ilhas —, onde não há rede de distribuição elétrica convencional e nem possibilidade de contar com uma concessionária de energia das regiões mais próximas.
É preciso considerar, ainda, que os custos de manutenção de um sistema fotovoltaico off-grid são mais altos, já que envolvem o banco de baterias, que possui vida útil mais reduzida em relação às placas solares.
O boletim “Energia Solar no Brasil e no Mundo — Ano de Referência — 2014”, publicado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) estimou que em 2018 o Brasil estará entre os 20 países com maior geração de energia solar.
Além de alcançar esse patamar, estudos para o planejamento do setor elétrico preveem que, em 2050, 18% das residências brasileiras vão gerar energia fotovoltaica (8,6 TWh), ou 13% da demanda total de eletricidade domiciliar.
Agora que você já entendeu a diferença entre sistema de energia solar fotovoltaico conectado à rede e isolado, entre em contato com a Módulo Energia e comece a produzir a sua própria energia!
Erro: Formulário de contato não encontrado.