Nos últimos anos, o uso de sistema fotovoltaico tem se difundido cada vez mais no Brasil, onde a energia solar pode ser aproveitada praticamente durante todo o ano em função do clima tropical. Essa alternativa colabora para a preservação do meio ambiente, além de refletir em grande economia para os consumidores de energia elétrica.
Porém, embora sejam um exemplo do uso de energia renovável, esses sistemas ainda geram dúvidas para alguns consumidores. No artigo de hoje, mostraremos que, além de serem econômicos, eles têm uma longa vida útil. Continue a leitura e entenda melhor!
A energia fotovoltaica é originária da transformação de luz solar. Nesse sistema, módulos solares, também conhecidos como placas solares, captam a luz do Sol e transformam a radiação solar em energia.
Em sua composição, essas placas têm células de silício que, ao serem irradiadas pela luz solar, provocam a movimentação dos elétrons e geram energia, que é conduzida para um “inversor”. Esse aparelho é responsável por adaptar a energia para as características da rede elétrica que utilizamos.
Essa energia alimenta tanto equipamentos comuns, como eletrodomésticos. Também pode ser usada para sustentar equipamentos de maior porte, utilizados por empresas ou indústrias, uma vez que a energia fotovoltaica segue o mesmo padrão daquela que recebemos da concessionária local.
Para a instalação das placas fotovoltaicas, todos os equipamentos devem ser homologados pelo Inmetro. Assim, para realizar essa instalação, é necessário recorrer a uma empresa de engenharia capacitada, com profissionais qualificados.
É recomendável, também, que o consumidor procure por empresas com sistemas aprovados pelas concessionárias e que sejam certificadas. Assim, o alto investimento realizado inicialmente será diluído ao longo do período de uso e com a certeza de que a regra para manter o sistema ligado não será alterada.
Os primeiros sistemas fotovoltaicos utilizavam baterias. Embora não produzissem nenhum tipo de energia, elas tinham a função de acúmulo. Para os sistemas fotovoltaicos, as baterias mais indicadas são as estacionárias, que possuem vida útil de 4 a 5 anos. Após esse período, é necessário realizar a troca.
No entanto, a Resolução Normativa nº 482 de abril de 2012 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) possibilitou o uso da compensação de energia e, assim, eliminaram a necessidade das baterias. Em consequência, o sistema fotovoltaico ficou mais acessível, sem o custo da bateria, e com melhor viabilidade econômica.
Ainda há consumidores que recorrem às baterias como forma de backup, caso haja interrupção do fornecimento de energia elétrica e o desligamento do sistema fotovoltaico. Porém, o uso de bateria para suportar esses sistemas quando há queda de energia já não é uma medida justificável, uma vez que a vida útil das baterias é curta e as interrupções de energia têm ocorrido com menor frequência.
Dados da Aneel mostram que o índice de queda de energia tem diminuído constantemente. Conforme o Painel de Desempenho das Distribuidoras de Energia Elétrica, disponibilizado pela Aneel, a Companhia de Energia de Brasília (CEB) manteve o indicador de nível de serviço sempre superior a 93% no último ano — o limite mínimo aceitável é 85%. A CEB apresentou também redução na quantidade de quedas de energia por ano, além de diminuição na duração média das interrupções.
Dessa forma, a aquisição e a troca de baterias se torna uma alternativa onerosa, visto que ela será utilizada poucas vezes ao longo do ano e terá de ser trocada a cada quatro ou cinco anos. Já a vida útil dos sistemas fotovoltaicos vai muito além, como veremos a seguir.
Os sistemas fotovoltaicos têm vida útil de 30 anos. Já as placas utilizadas nessas instalações têm a garantia contra defeitos de fabricação de 10 anos, enquanto o período garantido pelas fabricantes para a geração de energia é de 25 anos.
Durante os 30 anos de utilização do sistema fotovoltaico, a principal manutenção está ligada à troca do inversor. Responsável pela inversão da energia elétrica gerada pelos painéis, de corrente contínua (CC) para corrente alternada (CA), esse aparelho deve ser trocado em períodos entre 10 e 15 anos. Ele tem ainda, como papel secundário, a função de garantir a segurança do sistema e medir a energia produzida pelos painéis solares.
A principal vantagem dos sistemas fotovoltaicos está relacionada aos gastos com contas de luz. A energia solar pode gerar economia de até 99% daquilo que é pago em energia elétrica. No entanto, é válido ressaltar que esse valor jamais será zerado, uma vez que o consumidor terá de arcar com a tarifa mínima estabelecida pela Aneel, por meio da Resolução 414/2010.
O consumidor residencial pode pagar pela energia de três formas. Na ligação monofásica, o gasto mínimo é de 30 Kwh. Na bifásica, o valor mínimo é referente a 50 Kwh, enquanto na trifásica é de 100 Kwh.
A economia com o sistema fotovoltaico se estende também à taxa de iluminação pública. A Contribuição para Iluminação Pública, conhecida como “CIP”, é direcionada a todas as residências e empresas que consomem energia elétrica. A contribuição, autorizada pela Constituição Federal de 1988, permite que os municípios cobrem uma taxa para subsidiar manutenções, serviços e a própria energia elétrica utilizada para a iluminação em espaços públicos.
No Distrito Federal, o cáclulo da CIP está regulamentada pelo Decreto nº 24324, de 2003, e o seu valor, cobrado mensalmente pela concessionária local, é calculado com base na média do consumo de cada endereço.
A partir da instalação da energia fotovoltaica, a média será reduzida. No caso de um consumidor que estava habituado a gastar R$ 500 com a conta de luz, a contribuição de iluminação pública passará de R$ 33,10 podendo chegar até a R$2,81 com a nova média.
No entanto, é necessário ressaltar que essa redução não é instantânea. Para esse cálculo, é preciso analisar a média dos últimos 6 meses do ano anterior. O ganho máximo para o consumidor acontecerá quando a média dos últimos 6 meses do ano anterior já estiver na nova média. Ao longo do período de vida útil do sistema fotovoltaico, a diminuição do valor pago pela CIP resultará em grande economia para o consumidor.
Outra grande vantagem gerada pela instalação do sistema fotovoltaico é referente à possibilidade de o consumidor utilizar créditos de energia. Como isso ocorre? Ao instalar um gerador fotovoltaico em sua residência, ele passará a converter a luz solar que incide sobre ele em energia elétrica. Essa energia é, então, consumida durante o dia, sendo o excedente injetado na rede que abastece a região.
À noite, quando o gasto energético costuma ser maior, o consumo é provido pela concessionária de distribuição. No final do mês, você só pagará pelo que utilizou da companhia distribuidora, descontada a parcela produzida por seu sistema fotovoltaico.
Já nos casos em que o montante energético gerado em sua casa for maior do que o consumo, o excedente será convertido em créditos de energia solar, medidos em kWh. Esses créditos possuem validade de 60 meses e podem ser utilizados, por exemplo, durante épocas de baixa incidência solar, como o inverno, ou até mesmo redirecionados para outros locais, como explicaremos mais adiante.
O consumidor que recorre ao sistema fotovoltaico será beneficiado, ainda, em relação aos reajustes nas contas de luz e ao pagamento de bandeiras tarifárias, impostas pela Agência Nacional de Energia Elétrica.
A energia elétrica das concessionárias tem reajustes acima da inflação. Todavia, as pessoas que investem em energia solar estão imunes a esses reajustes, assim como às bandeiras tarifárias, que são aplicadas quando o país não gera energia suficiente para atender a todos os consumidores. Elas funcionam como acréscimos ao valor do kWh e podem ser verdes, amarelas ou vermelhas, levando em consideração o custo da geração de eletricidade.
São acrescidos R$ 0,020 por cada quilowatt-hora consumido na mudança para a bandeira amarela, R$ 0,030 por cada quilowatt-hora consumido na mudança para a bandeira vermelha de Patamar 1 e R$ 0,035 por cada quilowatt-hora consumido na mudança para a bandeira vermelha de Patamar 2.
Entretanto, quem produz a própria energia por meio de sistemas de energia solar paga apenas pela tarifa mínima, sujeita aos reajustes de preço das concessionárias e às bandeiras tarifárias, o que causa menos impacto no orçamento mensal.
Embora possam parecer similares, sistemas fotovoltaicos e aquecimento solar funcionam de formas distintas. Essa diferenciação está relacionada à forma como são utilizadas as placas em cada sistema, de acordo com as aplicações da energia solar.
As placas fotovoltaicas utilizam ondas eletromagnéticas, enquanto as placas de aquecimento solar aproveitam o calor do sol, absorvendo essa radiação para esquentar um fluído, que, por sua vez, circula e troca calor com a água de um reservatório, mantendo a temperatura para o uso.
Em geral, a utilização de energia solar em residências pode ser dividida entre fotovoltaica, aquecimento para a água do banho e aquecimento para piscina. No primeiro caso, como vimos no início do artigo, são utilizadas as placas fotovoltaicas. Para aquecer a água para o uso em chuveiros, a água passa pelas placas de aquecimento solar e são armazenadas em um boiler. Já no último caso, há passagem da água pelas placas e o direcionamento para as piscinas, criando uma circulação interna.
Com o uso da energia solar, os sistemas fotovoltaicos se tornam opções sustentáveis para as residências, assim como ocorre com a reutilização da água ou a horta orgânica. Eles ainda contribuem para a valorização do imóvel, ao assegurarem a futuros compradores a certeza de que terão custos reduzidos com contas de luz, utilizando um sistema com vida útil de 30 anos.
O melhor proveito da energia fotovoltaica é alcançado quando a instalação é feita por profissionais capacitados. Ficou interessado e quer saber como aproveitá-la em sua residência? Entre em contato com a Módulo Energia!
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